quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Como ter amor-próprio no relacionamento?

Algo que escuto muito de minhas pacientes em praticamente todas as consultas que faço é em relação ao amor-próprio no relacionamento. Muitas vezes, nós mulheres somos condicionadas, desde jovens, a aceitarmos tudo o que o outro fizer, mesmo que isso nos prejudique.

Quantas vezes ouvimos, de nossas mães ou avós, que homens traem mesmo, é da natureza deles, e nós temos de perdoar todas as vezes? Que a natureza da mulher é mais passiva e, por isso somos capazes de relevar todos os erros do companheiro?

Esses conselhos, embora pareçam inocentes e inofensivos, fazem um enorme dano à autoestima feminina, além de causar feridas e até mesmo atrapalhar a forma como levamos nossos relacionamentos.

O resultado disso é a falta de amor-próprio, que coloca muitas de nós em relacionamento não sadios ou mesmo tóxicos, que causam danos tanto à nossa saúde física quanto emocional.

Por isso, vou compartilhar aqui com vocês algumas dicas que costumo dar à minhas pacientes para que elas possam ter amor-próprio dentro de seus relacionamentos.

Benefícios do amor-próprio dentro de um relacionamento

amor-próprio

Algumas mulheres, erroneamente, acham que quem tem amor-próprio é uma pessoa egoísta, que se importa apenas consigo mesmo. Esse é o maior erro quando pensamos nesse sentimento.

O amor-próprio não é aquele sentimento que anula a compaixão ou mesmo a preocupação com os demais. Ao contrário. Esse é o amor que a pessoa sente por si própria, o desejo que tem de cuidar de si, e que é compartilhado com os outros, passado a seu parceiro.

Uma pessoa que tem um amor-próprio muito grande consegue identificar seus defeitos, suas carências e suas inseguranças, trabalhar cada um desses pontos e não projetar isso em seu companheiro. É essa projeção que costuma minar os relacionamentos e a saúde mental de quem sofre com falta de amor-próprio.

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Como ter amor-próprio nos relacionamentos

Um relacionamento saudável envolve, antes de tudo, amor-próprio. É preciso que a pessoa se ame, saiba se colocar em primeiro lugar e esteja bem consigo mesma, para que a relação progrida.

Agora, como ter mais amor-próprio dentro dos relacionamentos? Como pensar mais em si, sem se tornar alguém egoísta? Esse é o segredo de um bom relacionamento. E é mais simples do que muitas podem imaginar.

Conquistar esse amor-próprio é possível com pequenos passos, que você incorpora em seu dia a dia gradualmente, por meio de pequenas mudanças. Veja as dicas que trouxe para você.

Trabalhe o autoconhecimento

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O primeiro passo para aprender como ter amor-próprio no relacionamento é trabalhar o autoconhecimento. Se conhecer. Por exemplo, passe a analisar todos os seus gostos, suas atitudes.

Saiba o que te faz bem e o que faz mal, aquilo que te prazer e o que você não gosta de fazer. Com essa observação contínua, você conseguirá saber quem é e tudo o que lhe define.

Dessa forma, você conseguirá não apenas se conhecer, mas também saber no que deve se dedicar para se sentir bem e do que se afastar. Desta forma, você conseguirá aproveitar melhor seus relacionamentos.

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Busque e fortaleça suas qualidades

Outra estratégia importante para alcançar o amor-próprio em seus relacionamentos é, justamente, buscar e fortalecer suas qualidades. Isso é possível fazendo uma autoanálise, com a mulher olhando para seu interior.

Nesse processo, é preciso identificar tudo aquilo que a pessoa é capaz de fazer ou executar bem, o que conquistou naquele período, listar tudo aquilo que lhe dê orgulho, por menor que seja.

Toda essa bagagem ajuda a formar quem você é. Seus sucessos moldam sua autoestima, permitem que você identifique onde é mais bem sucedida e o que fazer para melhorar em áreas onde pode ter alguma dificuldade.

Observe suas relações

Um ponto estratégico na conquista desse amor-próprio é, justamente, o ato de observar suas relações. Aqui, é importante que você se foque nos vínculos que te fazem bem, naqueles que despertam sensações positivas, de alegria, contentamento.

Muitas vezes não prestamos atenção na qualidade de nossas relações, mas isso é necessário, porque elas podem impactar tanto nossas vidas que uma relação ruim pode destruir nosso amor-próprio, prejudicando as outras relações que venham após essa.

Já as relações positivas, onde os pares estimulam e reforçam as qualidades um do outro, estas contribuem com o aumento do amor-próprio, pois mostram os benefícios de a mulher se doar ao próximo, o quanto ela poderá crescer com a ajuda deste companheiro.

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Cuidar de sua casa

Sabia que uma parte importante da construção do amor-próprio está no cuidado com sua casa? E não apenas ela. Todos os ambientes em que você esteja por um determinado período, como seu ambiente de trabalho ou mesmo seu quarto precisam ser cuidados.

Quem não se sente bem em um lugar bem cuidado, arrumado? Todos. Por isso, tire sempre um tempinho para cuidar de sua casa, do seu quarto ou mesmo daquele cantinho do home office.

Cuidando desses espaços você estará cuidando de si mesma, colocando ordem nos sentimentos e contribuindo para que a sensação de positividade e satisfação cresça e contagie seus relacionamentos.

Não se cobre demais

Um erro muito frequente que costumamos cometer quando estamos tentando melhorar em alguma coisa é o excesso de cobrança. Quantas vezes já brigamos conosco porque cometemos erros que consideramos bobos ou infantis? Diversas vezes, certamente.

Mas, na construção do amor-próprio isso não apenas é necessário como é prejudicial. O amor-próprio não deve ser imposto, ele deve ser cultivado. E, para isso, é preciso incentivar o respeito consigo mesma, o cuidado, o carinho consigo e a atenção.

É olhar para si mesma com todo o cuidado, incentivando seu crescimento e aprendendo com os erros que venhamos a cometer. Afinal de contas sempre tiramos algo de positivo de cada um deles. É como quando estamos aprendendo a andar. Um passo de cada vez, e sempre nos levantamos depois de cada queda.

Desenvolver o amor-próprio é um trabalho de formiguinha, que precisa ser feito pouco a pouco, sem pressa e sem cobranças. É necessário olhar para dentro de si mesma e saber conhecer seu próprio ritmo.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Transtorno de desejo: Porque isso acontece?

O transtorno de desejo dificulta a grande maioria dos relacionamentos. Pelo menos 90% dos casais sofrem com esse transtorno, por isso, o tema de hoje é especialmente sobre isso.

Como terapeuta sexual, já ouvi queixas de meus pacientes ligadas às mais variadas razões, tanto as clínicas como as psicológicas. Mas uma é praticamente onipresente em praticamente todas as minhas sessões: o desejo sexual.

O excesso ou, em muitos casos, a falta dele, tem sido apontada por boa parte dos meus pacientes como motivos que tem levado, por exemplo, ao fim de relacionamentos que pareciam maravilhosos ou que tinham tudo para durar uma vida inteira.

Muitas vezes, aliás, esse desinteresse acontece praticamente do nada. É como se, um belo dia, um botão dentro delas fosse acionado e os “fogos de artifício” vivenciados na relação a dois praticamente desaparecessem.

Quando isso acontece, é muito comum que os parceiros desconfiem da existência de um “terceiro elemento” na relação. A falta de desejo, aliás, é sempre justificada como uma potencial traição. Como aquilo que está ao seu alcance já não interessa mais, a parceria vai buscar algo novo em casa.

Mas, o que muitos casais não sabem, é que algumas vezes o desinteresse sexual não tem relação alguma com a vontade de terminar o relacionamento ou mesmo experimentar novas sensações, e sim está relacionado a um problema de ordem física. Estamos falando aqui do transtorno de desejo sexual, no caso o baixo desejo nas mulheres.

O que é Transtorno de desejo?

O transtorno de desejo é basicamente a falta de vontade de ter relações sexuais.

Também chamado e de baixa libido, ele acontece quando a pessoa, mesmo que estimulada adequada, não consegue atingir a excitação sexual, tornando o ato em si algo extremamente desestimulante  e altamente prejudicial para o casal, já que o outro que está com vontade, poderá perceber, rapidamente, que sua parceria está ali, na cama, apenas por “obrigação”, não por “vontade”.

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Embora não seja tão comum em homens, o transtorno da excitação sexual na mulher é mais comum encontrado e, pode ter múltiplas causas, o que torna o seu diagnóstico um pouco mais complexo em alguns casos.

Por exemplo, em minhas sessões, eu já tive contato com pacientes cujo transtorno tinha origem física, como diabetes, doenças cardiovasculares, enquanto em outras a origem era psicológica. Pessoas muito estressadas ou com problemas no relacionamento podem desenvolver o distúrbio que, se não tratado, pode comprometer não apenas o relacionamento atual, mas todos os que venham a seguir.

Diagnóstico é importante

No caso de mulheres:

Para uma mulher, principalmente as mais velhas, dizer não a um parceiro é muito difícil, e se torna ainda mais complicado quando pensamos em relações sexuais. Embora estejamos no século 21, muitas de nós ainda acha que mulher precisa estar disponível sempre, mesmo quando isso lhe causa dor.

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Para muitas o problema não existe ou não é algo importante, e que não precisa ser levado a sério. Algumas delas podem pensar da seguinte forma: bem, hoje eu senti um pouco de dor porque estava cansada. Bem, se eu não reclamar e deixar que ele faça o que quer, isso acaba rápido e posso voltar aos meus afazeres diários.

O que muitas de nós não levamos em consideração, infelizmente, é que esse pensamento é perigoso de muitas maneiras. Prejudica nosso corpo, pois pode provocar ferimentos íntimos, e sobretudo nossa “alma”, já que algo que deveria ser prazeroso, como o momento a dois, se torna algo burocrático, que fazemos porque “tem de ser feito”, não porque queremos.

No caso dos homens:

Muita gente acha que desejo sexual, ou melhor a falta dele não atinge os homens. Mas a procura para tratar esse transtorno cresce cada dia mais em meu consultório.  Por isso é preciso entender como funciona o processo da resposta sexual em homens para tratar com qualidade.

Assim como nas mulheres, o relacionamento influencia no “querer” sexo, além é claro de fatores ambientais, fisiológicos e alguns outros.

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Por isso, sempre que meus pacientes, durante nossas sessões, me relata esse tipo de dificuldade, busco incentivá-los para que possamos investigar, juntos, o que pode estar causando esse problema, para que ele possa ser corrigido e os momentos a dois deixem de ser algo burocrático para que se tornem o que nasceram para ser: um momento de prazer e união do casal.

Diagnosticando

Quando suspeito que um paciente possa ter o transtorno da desejo sexual, eu abordo todos os aspectos possíveis para chegar a essa ausência de vontade de relações sexuais.

Todos os detalhes são importantes para um bom diagnóstico. Perguntas diretas, investigação sobre hábitos de vida, relacionamento satisfação/insatisfação sexual, uso de medicamentos e até mesmo problemas ginecológicos ou com urologista são investigados.

Leia aqui: Como saber se foi bom para ele?

Eu costumo recomendar também a ida ao ginecologista no caso de mulheres e ao urologista no caso dos homens, para que uma bateria de exames possa ser feita e descartado, ou confirmada a influência de fatores físicos para o surgimento do problema. Se o corpo estiver bem, é hora de tratarmos a mente, para que o sexo deixe de ser um problema e se torne a solução.

Tratando o problema

Um dos grandes diferenciais quando tratamos a ausência de desejo, é, além do tabu que gira em torno desse assunto, a inexistência de medicamentos que “corrijam” o problema. Sim, porque não existe uma pílula mágica que devolva a o desejo, tanto para homens quanto para mulheres.

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Aqui comigo, é tratado a questão psicológica dessa ausência de desejo. Depois de descartado a causa fisiológica, vamos para os aspectos emocional/psicológico.

A solução para o problema é, digamos, um pouco mais complexa, porém, não impossível. No tratamento para o transtorno de desejo, é necessário seguir alguns passos que na verdade são simples, mas que muita gente negligencia e acaba não praticando.

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E, mais do que isso, é preciso que o paciente conheça seu próprio corpo, sua anatomia, saiba quais são seus pontos chave para o prazer. Afinal, somos seres tão complexos que não há uma regra que possamos generalizar e dizer: esse é o segredo. É aqui que tudo se transforma.

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É aqui, nessa descoberta, que eu entro, a terapeuta sexual. Meu papel é justamente auxiliar cada pessoa nesta caminhada, permitindo que ela entenda seu corpo e saiba o que lhe dá e o que não lhe dá prazer. Dando-lhe a confiança para que deixe os tabus de lado e se permita sentir prazer. Afinal de contas esse não é um privilégio apenas do homem.

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Coisas que enlouquecem a mulher na cama: segredos revelados!

Hoje eu vou abordar um assunto que interessa a muita gente: coisas que enlouquecem a mulher na cama . Lembre-se de que não existe uma fórmul...